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É Lua Minguante em mim; outono que não vira inverno. Há duas semanas, há dois meses. Espaçados os ciclos, pois bagunçada a introspecção e a solitude em uma rotina em que o movimento não dá espaço à lentidão como deveria. Muitas pessoas encontraram, em textos e em uma trend que viralizou na internet recentemente, sua versão de 10 anos atrás para tomarem café com ela e a acolherem. Eu entrei numa caverna e encontrei minha anciã, La Que Sabe.
Pedi colo — e recebi.
Reaprendo que não se pode estender à força a primavera, e mesmo o verão excessivo torna-se maçante, cansativo. O mormaço não é afeito à natureza selvagem feminina; a Lua precisa ser honrada. Ressignifico a lentidão e a solitude. Puxar uma coberta, permanecer em posição fetal na cama e chorar mortes não é tristeza: é cíclico. Vida-Morte-Vida.
Aqui está o que escutei Daquela Que Sabe, mas, sobretudo, o que li naqueles olhos azuis sábios que tanto já viram e escrutinaram, curiosos, o mundo. Aqueles dois olhos são os meus, esse mesmo par que carrego aos 30 e que já me habita agora. Assim como você também carrega outro par de olhos iguais aos seus, mas com retinas que olharam para dentro, bem fundinho, e não pararam na superfície.